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O que é um Xamã?



A palavra xamã, originária da língua tunguska, na Sibéria, significa aquele que tem o conhecimento, o que conhece os segredos, o que detém o poder de visitar os outros mundos. O xamã é uma espécie de "sacerdote" do xamanismo. Ele possui o dom de se comunicar com o mundo espiritual. Um xamã pode ser homem ou mulher. Outros nomes para a definição de xamã, seriam feiticeiroscurandeirosmédico-feiticeirosmagos e pajé.

Na maioria das tradições, os xamãs já nascem feitos. Aos poucos eles são descobertos com a revelação dos seus dons de cura ou de sabedoria e do conhecimento sagrado. Inúmeros casos relatam sobre experiências com doenças que vitimam pessoas que conseguem sobreviver curando a si mesmas. São doenças raras, não diagnosticadas, de origens desconhecidas ou até mesmo males considerados incuráveis.

O curador, via de regra, é aquele que em primeiro lugar curou a si e por isso tem o poder e o dom de curar os outros. Que recursos vai usar, é a medicina pessoal de cada um. Pode ser pelas ervas, pelas pedras e cristais, pelas cores, pelos banhos, defumação e fumigação, chás, infusões e beberagens... Pode ser pelo resgate da alma, da recuperação do animal de poder, da jornada, meditação... Descoberto o dom, o iniciando passa a ser orientado por um ancião ou curador mais velho que vai iniciá-lo em alguns rituais e caminhos. O primeiro passo é aprender a acalmar, de modo consciente, a energia no plano físico, pois o homem tem a tendência de se excitar, quando se trata de servir à causa e propósitos divinos, não usufruindo o repouso necessário para se recarregar e reabastecer da energia cósmica. Para conseguir isto, o discípulo precisa aprender a entrar no silêncio que, na linguagem de hoje, significa meditar.

Nenhum aprendiz conseguirá obter êxito no seu trabalho e crescimento espiritual se diariamente não dedicar algum tempo para isolar-se do mundo — no sentido xamânico, o mundo mental e sentimental inerente ao ser humano — é entrar no Grande Silêncio. Aí ele irá encontrar a nutrição necessária ao fortalecimento da sua capacidade de resistir e superar as adversidades, o seu poder pessoal, e de onde tirará a força e a possibilidade de expressar e manifestar o Bem que lhe permitirá o acesso aos seus semelhantes com integridade, dignidade e bondade.

Na maioria das tradições nativas americanas, a Busca da Visão é a melhor forma de entrar no Grande Silêncio. Este ritual também é comumente chamado de Subir a Montanha, o que significa ascender a consciência mais elevada para orar. Pela oração pode-se acessar o silêncio no seu estado mais profundo interiormente, unindo duas das mais importantes formas de cura.
Para silenciar é preciso se concentrar, algo difícil de conseguir na nossa cultura ocidental, onde tudo age contra essa capacidade. Assim, torna-se necessário aprender a ficar só consigo mesmo, sem ler, sem ouvir rádio, assistir a televisão, sem fumar, sem beber e, em determinados momentos, abster-se até da alimentação. O jejum facilita o acesso ao eu interior e superior e à concentração. Ser capaz de se concentrar é o mesmo que ser capaz de ficar a sós consigo. O discípulo aprende, desta maneira, a ficar concentrado em tudo o que faz, pois a atividade do momento presente é a única coisa que importa, que merece a plena entrega. Neste sentido, é preciso ressalvar, é importante que o coração esteja presente naquilo que se faz. Pode ser simplesmente ouvir música, ou conversar com alguém, ou varrer uma casa. Tais fatos assumem uma nova dimensão da realidade de ter a integral atenção da pessoa.

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